<i>Transtejo</i> condenada

O Tribunal de Trabalho decidiu, a 29 de Junho, que foi ilegal o despedimento dos trabalhadores da Vítor Rosa e Filha, prestadora de serviços de manutenção da Transtejo, obrigando à sua reintegração na TT, disse ao Avante! um dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN). Ao todo, foram 18 os trabalhadores despedidos colectivamente quando a empresa declarou falência, explicou José Augusto. Desde 2003 que a empresa garantia a manutenção dos navios de transporte fluvial de passageiros. Dos 18 trabalhadores, todos com vínculo precário, 14 com mais antiguidade aceitaram a rescisão dos contratos, e quatro avançaram para tribunal com o apoio da federação sindical. Antes, a Autoridade para as Condições do Trabalho tinha autuado a TT, considerando que aqueles contratos de trabalho eram ilegais, pois havia já oito anos que os trabalhadores desempenhavam funções permanentes.

Sem dar justificação, a administração da Soflusa pretende suprimir carreiras na ligação fluvial entre o Barreiro e Lisboa, mas isso sucede por falta de trabalhadores, acusaram, dia 14, num comunicado conjunto, as organizações sindicais.

 

Linha de Cascais

 

Na linha ferroviária de Cascais foram reduzidos, domingo, os comboios de São Pedro do Estoril, informou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário em comunicado. Dois factores contribuíram para esta redução: a imposição, pelo Governo, de uma redução dos custos operacionais na ordem dos 15 por cento, e a idade do material circulante, que se encontra «no fim da sua vida útil».

Já nos meses de Maio e de Junho a administração tinha tentado suprimir aqueles comboios com a falsa justificação da greve dos ferroviários, refere o sindicato, que também alertou para a intenção do Governo de aumentar as tarifas aos utentes da linha.

O SNTSF/CGTP-IN pediu esclarecimentos à Comissão Executiva da CP-Lisboa quanto a uma eventual redução do quadro de pessoal, em consequência desta redução de comboios, mas não obteve resposta, tendo o sindicato concluído que «quem cala consente».

Por considerar que não existe alternativa para esta situação, a curto prazo, «devido à suspensão cega dos investimentos», o sindicato lamenta que o País tenha perdido a sua capacidade produtiva na área da produção de material ferroviário, considerando que esta incapacidade justifica, ainda mais, um investimento na EMEF que recupere e desenvolva a sua capacidade produtiva.



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